Compositor: Não Disponível
Este frágil sapato cinzento e dourado,
Laços de seda embalsamado,
Tal misterioso camafeu
Entre minhas mãos hoje à noite dormirá.
Ainda agora encontrei
Situado no fundo de uma cômoda...
Pequenos sapatos antiquados,
Sapatos de memórias... Ave! -
Desde que ela se foi,
Conduzida nos passos de Chopin,
Dorme para sempre sob o pinheiro
Na areia fria e sombria,
Eu permaneci durante todo o ano
Esmagado sob o fardo do ferro,
Na vida e no inferno,
Como uma pobre alma condenada.
E agora, um coração plenamente negro,
Nesta vigília de dezembro
Eu o encontrei no fundo do meu quarto,
Sapato que de seu pé deixou cair.
Ele se foi só, me deixou,
O outro está, provavelmente, entre os anjos...
E eu vago descalço pelos lodos
Minha alma é um sapato perfurado.